segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Minha nova eu


Ainda não encontrei palavras para descrever o que sinto.
Não tem a ver com amor, realização profissional e essas coisas que a gente busca e sonha.
Talvez seja maturidade.
Loucura escancarada?
Talvez eu tenha aprendido a me perdoar.
Talvez eu queira provocar sorrisos adormecidos.
Destravei minha mente emburrada.
Me descobri uma nova casa, limpa, ventilada, que não encosta no canto sentimentos e palavras, eles tomam forma, criam asas.
As contas atrasam, o chefe cobra, a filha desobedece, o amor estremece.
Aprendi a não esperar demais, a cobrar de menos.
O coração até se agita, mas a alma continua serena como se eu estivesse vestida de suavidade, certeza cintilante de que o sol continua na minha janela, independente da frieza da madrugada.

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