segunda-feira, 9 de janeiro de 2012


Ah sua boba. Você e esse teatrinho de ser durona. Quem vê até pensa, quem vê até imagina que você é assim, tão má, tão fria, tão perversa. 
Mal sabem eles como você é delicada, gentil e amável. Não com todos, aliás com ninguém. Até com sua mãe você aprendeu a não ser tão sentimentalista. Você guarda toda essa delicadeza por medo, eu sei.
As pessoas te pisam quando você é assim. Então você prefere usar essa máscara aí. Meus parabéns, viu? Engana a meio mundo, mas não a mim.
Conheço o aperto em seu coração à noite, conheço o choro baixinho, conheço seu gosto por comédia romântica, conheço você. Já te fizeram sofrer, e muito, eu sei. 
Sei também que você finge não se importar, mas se importa até demais. Sei que se preocupa, sei que ama, sei que sente. Você simplesmente esconde isso. 
Se bem que no fundo, ainda resta uma pequena esperança contida no seu coração. Você, disfarçadamente, ainda tem fé de que tudo vá dar certo. Amor, família, amigos. Um futuro, um príncipe, uma história de amor.
Você, no fim, continua sendo apenas uma garotinha que se entrega demais, que sente demais, que se machuca demais.

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