segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Calmaria


Eu não quero nada extravagante, nada extraordinário, nada que me tire o fôlego. Quero a calmaria depois da tempestade, quero coisas duradouras. Quero a tranqüilidade de um amor sereno. Não quero mais fogos de artifício, não quero nada que se apague nessa efemeridade das coisas. Quero tudo na paz, quero tudo no seu devido lugar. Não quero que transborde nem que falte, só quero a medida certa, tudo no limite. Porque depois de um certo tempo a gente vê que tudo que falta o fôlego no fim traz excesso de lágrima e eu me prefiro desmanchando em sorrisos.
Trago no bolso sonhos possíveis. Descartei o peso da expectativa. Me sinto mais leve, sorrindo por tudo, chorando por nada. Talvez esteja letra de Renato Russo "acho que não sei quem sou, só sei do que não gosto" e se pra alguns "o que é demais nunca é o bastante", descobri meu muito ao alcance dos olhos.
Não tenho roupa adequada para aparições em grande estilo. Minha alma mau vestida aprendeu a achar graça na simplicidade. Eu quero por do sol acompanhada, bagunça de amigos de madrugada, quero foto despenteada, quero andar com calma. Correria pra que? A estrada sempre vai estar ali me esperando. Você pode até me chamar de limitada, mas a paz que habita em mim, não escuta suas palavras.

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